quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Palestra Fabiano Coura - Pensando em novas mídias

O que você espera de uma marca no momento do intervalo comercial do seu programa favorito? Normalmente, pessoas que não trabalham com publicidade esperam, sinceramente, que os comerciais não existam. Ao mesmo tempo, as empresas só querem que todas as edições de seus comerciais sejam assistidas repetidas vezes pelas mesmas pessoas. É nesse momento que é gerado um empasse: como atrair a atenção do consumidor?
Atualmente, todos devem partir do princípio que o desafio de comunicação entre marca e consumidor está cada vez maior. A existência do grande número de meios de comunicação e a vasta informação a respeito de qualquer assunto aumentam o poder de escolha do consumidor, que passa a decidir o que é ou não absorvido. É devido a esse fato que a necessidade de inovação se faz cada vez mais presente.







Na última sexta-feira (23/10), recebemos na aula de ACCM – Abordagens Contemporâneas da Comunicação Mercadológica - Fabiano Coura, da agência Insula. Caso não conheça, a Insula trata-se de uma agência que tenta unir os meios offline e online, afinal, tudo envolve os consumidores de uma maneira única. Criada há aproximadamente três anos a partir das atividades exercidas na Neogama, possui em seus valores algo sempre valorizado: a inovação. “Quando o mundo faz Zig, faça Zag”, e foi baseado nisso que a Insula concretizou e continua concretizando seus trabalhos. Uma agência que tem vocação para fazer coisas diferentes.
Apesar de todas as mudanças percebidas nas formas de consumo atual, algumas características são imutáveis, como o fato de que, para se destacar, todas as marcas precisam oferecer algo além do benefício central oferecido pelo produto, sendo esse o principal fator de influência para qualquer agência definir seu meio de abordagem.
Se dissemos que a Insula oferece soluções diferentes para os problemas de seus clientes, temos como exemplo um de seus grades casos: o do Bradesco Seguro Auto. A agência recebeu e aceitou o desafio de trabalhar com o seguro de carros do Bradesco, e logo já encontrou algumas dificuldades, sendo a principal delas pensar em como fazer algo inovador e que impactasse o target com um produto que não é muito bem visto pela maioria das pessoas, já que é algo que só se usa em situações adversas, como em batidas, panes mecânicas e etc.
A idéia principal da Insula foi utilizar tecnologia para criar interatividade entre a marca/produto com o consumidor. Na época o que havia de mais novo em termos de tecnologia era o iPhone, e logo a agência viu nesse aparelho uma oportunidade fazer algo que gerasse interatividade com o público. Então o que eles fizeram foi um aplicativo do Bradesco para aparelho ( sendo o primeiro a conseguir uma licença da Apple) onde todos, até mesmo os não beneficiários do seguro,  podiam utilizar-se de algumas de suas funcionalidades, tais como :
- Ligação rápida e direta para a central do seguro
- Serviço de GPS
- Postos de gasolinas próximos
- Mecânicos credenciados
Como estratégia de disseminação a agência resolveu aproximar-se dos inovadores tecnológicos que no caso são influenciadores, através de parcerias com blogs especializados e online seeding, para que assim eles pudessem passar o conhecimento para os early adopters. Além disso, foi utilizada a mídia convencional (considerada offline) para atingir a massa.
O resultado dessas ações foi que 230 mil pessoas experimentaram o aplicativo e 13 mil instalaram, gerando assim uma grande divulgação boca-a-boca, tudo isso devido à grande inovação feita pela Insula. Segue um link que contém os principais tópicos sobre esse caso, disponibilizados por Fabiano Coura no Slideshare.
 Essa estratégia adotada pela agência inclui-se dentro de duas novas linhas de comunicação a serem adotadas pelas agências e anunciantes. Trata-se dos conceitos de brand content e brand utility.
Durante a palestra, esses dois conceitos foram citados, explicados e discutidos, sendo dois termos recentes que estão ganhando força, e com o passar do tempo sendo cada vez mais utilizados por agências publicitárias e empresas. O primeiro termo reflete o trabalho de uma marca em agregar conteúdo e levá-lo para a vida das pessoas. O filme da BMW (2001) ficou marcado por ser a primeira vez na história que uma empresa resolveu fazer uma campanha global baseada em conteúdo.
Outro exemplo de Brand Content seria a Coca-Cola, realizando uma campanha que explorava a imaginação dos consumidores mostrando o outro “mundo” dentro das máquinas de venda da bebida, isto é, todo o processo que o produto levava para chegar até o consumidor. Foi um grande sucesso principalmente nos Estados Unidos tendo em vista que essas máquinas estão presentes em diversos lugares e em maior quantidade do que em qualquer outro país.
O segundo termo é o Brand Utility, que seria um método de deixar de gastar em propaganda convencional para criar coisas úteis nas vidas das pessoas por meio da internet ou produtos digitais, ou seja, de acordo com esse conceito, o foco estaria em oferecer um serviço, uma utilidade. Podemos citar aqui dois vídeos que retratam o Brand Utility: o primeiro é o caso Nike Plus (uma linha de tênis “avançada”, cujos produtos contêm sensores que auxiliam a pessoa a praticar exercícios físicos, principalmente a corrida). Essa linha de tênis tem capacidade de captar sinais do iPod e  pode estar em sintonia junto com ele, que freqüentemente é um produto utilizado pelos corredores.
O segundo caso mostrado no final da palestra, vale a pena ser mostrado, pois é muito interessante e retrata muito bem o conceito discutido. Como já foi dito antes, o Brand Utility oferece um serviço, isto é, uma utilidade e nesse vídeo da FIAT podemos claramente perceber essa idéia.
Claro que esses são somente alguns exemplos indicados que se enquadram em tais temas, uma vez que assuntos relacionados à tecnologia e propaganda tornam-se obsoletos praticamente a cada dia. Essa “vida curta” é um dos principais motivos pelos quais se faz cada vez mais necessário atingir seu consumidor diretamente no coração, para que sua marca faça parte da vida dele em uma era em que a existência de milhares de marcas exige um esforço de comunicação muito mais forte e efetivo.
E para  sentir um pouco do que foi dito na última sexta, confira também um trecho da palestra em nosso vídeo, e o nosso album de fotos!


http://www.youtube.com/watch?v=YHYIESVLZm8







Fernanda Reis
Felipe Telles
Ibrahim Neto
Marcel Matsunaka
Maurício Katayama


UM MOMENTO DA SUA ATENÇÃO, POR FAVOR!


Normalmente, quando buscamos algum serviço específico, procuramos estabelecimentos ou profissionais que nos ofereçam a qualidade e eficiência necessárias para atingir nossas expectativas. Também é bastante comum que esse profissional ou estabelecimento tenha como especialidade algum produto que complete a equação de valor idealizada pelo cliente, atingindo, assim, a excelência no trabalho. Essa situação é óbvia no setor de bens e serviços, contudo, vemos que hoje esse tipo de especialização tem ocorrido cada vez mais constantemente no mercado da publicidade.


Há tempos, as grandes agências multinacionais dominam a propaganda ao redor do mundo com seus filmes e anúncios extraordinários, que trabalham a favor de empresas de todos os setores em quase todos os países. Essa situação começou a mudar com as revoluções tecnológicas da comunicação iniciadas nos anos 90. A maneira de fazer comunicação mercadológica neste mundo digital deve ultrapassar as fronteiras dos impressos e dos comerciais; não basta agora esperar que o público venha até a comunicação, o ideal hoje é levá-la até o target utilizando as peripécias do mundo digital para torná-la atrativa.


Essa nova demanda na produção da publicidade também exigiu mudanças na maneira como os anunciantes trabalham com as agências. Uma única agência não consegue, hoje em dia, reter toda a expertise necessária para comunicar com eficiência em todos os meios e formatos disponíveis. Na verdade, nem conhecemos todos os formatos disponíveis! A maior tendência que surgiu dessa situação regrou a especialização de agências menores em tipos de comunicação distintos e dirigidos. Enquanto as multinacionais da propaganda ainda definem posicionamentos e criam comunicação ATL (mídias tradicionais), essas agências menores – normalmente regionais – trabalham em cima dos conceitos criados para gerar comunicação integrada e completa, que se apropria de conteúdo e aproveita os novos meios em prol da comunicação de marketing de vanguarda.


Para acompanhar essa tendência, tornou-se bastante comum também que as grandes agências se apropriem dessas menores ou até mesmo criem outras agências dentro de sua estrutura para realizar esse tipo de trabalho. Isso para controlar melhor a conta de seus clientes, integrar mais a comunicação e não perder a parcela da verba de comunicação que, agora, é destinada a esforços em novas mídias, plataformas e formatos. É o caso da Neogama e da Insula Comunicação, ambas de São Paulo. A primeira tem forte representatividade no mundo publicitário mundial, sendo sinônimo de inovação e vanguarda na comunicação que produz. A outra é uma jovem idéia nascida dentro da Neogama que vem realizando trabalhos muito interessantes de aproveitamento do meio e apropriação de ferramentas tecnológicas com as quais os públicos trabalhados já possuem grande afinidade. A própria Insula se diz uma agência pós-digital, integrada e relacionada com o que há de mais novo em modelos de comunicação mercadológica. É importante dizer que a Insula não é restrita aos mesmos clientes da Neogama, apesar de ter sido criada dentro desta.


O case mais recente produzido pela Insula foi realizado para o Seguro Auto Bradesco. A idéia consistiu na criação de um aplicativo do serviço da marca para o iPhone. Com ele, o cliente tem disponível ao alcance dos dedos todos os benefícios oferecidos pelo seguro: que vão desde a discagem direta para a central de atendimento, até vídeos educativos sobre como proceder em uma situação que demanda a utilização do serviço. Além disso, conta com adicionais como GPS e mapeamento de estacionamentos e oficinas mecânicas credenciadas e confiáveis. Dessa forma, é possível imaginar os motivos pelos quais o aplicativo aparenta ser completo aos olhos do cliente do Seguro Auto Bradesco. Na apresentação e no vídeo abaixo, a explicação de porque esse case é um grande sucesso nessa nova era da publicidade que vivemos hoje.

Veja apresentação com este conteúdo.

http://www.slideshare.net/markimtv/palestra-fabiano-coura




Apropriação do meio e conteúdo


EUA, 4 de julho de 2009: “1 milhão de IPhones 3GS são vendidos em apenas 3 dias após o lançamento”.


Brasil, 21 de agosto de 2009: “Em um ano, foram comercializados oficialmente 175 900 IPhones 3G no Brasil”.


Blog do IPhone, 19 de outubro de 2009: “7,4 milhões de IPhones são vendidos em todo o mundo nos últimos três meses, em 63 países”.


Esses números ilustram parte da nova configuração da comunicação mundial descrita acima. Os aplicativos do iPhone ganharam popularidade em proporções geométricas entre os usuários, em poucos anos de existência. Com esse cenário, fica clara a oportunidade de as marcas se aproveitarem desse meio e inovarem.


Sabemos que a atenção do consumidor é hoje o principal e escasso ativo. Há sobrecarga de comunicação e de informações, e a atenção é limitadíssima. E para lidar com esse desafio de captura da atenção, as marcas devem ocupar um lugar não só na mente, mas em um novo território na vida do seu público. Como fazer isso hoje? Uma possível solução para esse grande desafio “está na mão”: é estabelecer a sua marca no celular. Ter um lugar ali é ter um pedaço da atenção do usuário - incrementando o uso de seu aplicativo e, por conseqüência, o relacionamento com sua marca. Isso é o que se chama de share of hardware, estratégia que ganha cada vez mais força e credibilidade no mercado, principalmente quando associada às diversas ferramentas e tecnologia singular proporcionadas pelo iPhone.


O uso das ferramentas


 70% dos usuários escutam música nos seus aparelhos.


 66% dos usuários dão download de software e aplicativos.


 35% dos usuários vêem vídeo nos seus aparelhos. (Esses dados são sete vezes maior que os usuários de outros aparelhos celulares).



 O que podemos ver é que os usuários de Iphone fazem grande uso de outras ferramentas disponíveis no aparelho. Cada vez mais, as funções básicas de um aparelho celular (fazer e receber chamadas, enviar e receber SMS) não são mais o objetivo principal dos consumidores. Essa é a prova de que, nessa era digital em que vivemos, as marcas devem entregar a convergência entre o Brand Content (propaganção de conteúdos) e o Brand Utility (proporcionar ferramentas úteis que explorem a usabilidade dos aplicativos).




De profissional para profissional


No dia 23/10, Fabiano Coura, da Insula Comunicação, deu uma palestra para os alunos de comunicação da ESPM, com o objetivo de fazê-los entender um pouco mais sobre como as inovações na mídia não tradicional podem contribuir para a construção de uma sólida imagem de marca. Como esse assunto é de grande interesse para o mercado publicitário, para quem tiver curiosidade de ouvir uma opinião de quem já tem experiência com esse tipo de trabalho, fica aqui a dica: ouçam a cobertura completa da palestra no podcast abaixo.

 


Podcast


Trecho 1: sobre os conceitos da Insula e breve explicação do novo modelo de comunicação.


http://www.4shared.com/file/144743018/5e6b1e5f/trecho_01.html


Trecho 2: breve explicação sobre aplicativos e o case Seguro Auto Bradesco.





Podcast na íntegra: confira o audio da palestra do Fabiano Coura.

parte 1
http://www.4shared.com/file/144744072/7533687e/INTEIRA_01.html

parte 2
http://www.4shared.com/file/144744742/5b512d38/INTEIRA_02.html






Veja também:


Blog Fabiano Coura: www.fabianocoura.com


Case NikePlus: http://www.youtube.com/watch?v=qOr5_GaGnPc


Social Media Revolution: http://www.youtube.com/watch?v=fVXKI506w-E

Insula: http://www.insulacomunicacao.com.br/




O que fizemos no twitter:

http://www.twitter.com/_murilo
http://www.twitter.com/rodrigo_klepacz



http://www.twitter.com/brusawada

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Mobilize-se...

Sobre a palestra de Cristiane Higashi, New Media Marketing Manager da Gemalto, em 16 de outubro de 2009
Veja fotos da palestra:

http://www.flickr.com/photos/mobilegemalto
Leia o que rolou no Twitter durante a palestra:
http://twitter.com/mobilegemalto

*

Você já parou para pensar em quantas vezes você olha para o seu celular durante o dia? Seja para ver as horas; mensagens; fazer ligações; jogar; baixar toques e aplicativos; ouvir música...

Pois é, há algum tempo a finalidade do celular vem deixando de ser apenas a de fazer e receber chamadas. Hoje em dia, o que antes era um simples objeto facilitador da comunicação interpessoal, vem se tornando uma mídia eficiente e rentável, capaz de gerar interação efetiva entre os consumidores e as marcas.

As pessoas estão cada vez mais ativas e com um ritmo de vida acelerado e, por isso, é cada vez mais difícil encontrá-las em suas casas. Conseqüentemente, as marcas têm encontrado cada vez mais dificuldade em expor sua mensagem de forma efetiva, ou seja, garantindo que o público assimile o que é proposto por elas. Dessa forma, por que não utilizar o celular para se comunicar com o público-alvo? O celular é uma mídia eficiente, à medida que permanece, na maioria das vezes, 100% do tempo com seu usuário. O impacto é imediato! E indiscutivelmente diferenciado! Uma realidade em que faz-se uso de um objeto de uso cotidiano para conversar com o consumidor e fazer com que ele reconheça a veracidade do que estamos querendo comunicar, preferencialmente com um apelo chamativo e diferente de tudo o que ele já tenha visto. Exemplos disso...



Mas o que dá pra fazer com mobile, considerando possibilidades da propaganda?

Mobile Advs não é só enviar SMS e fazer site para celular. Pensar em Mobile Marketing como simples disparo de SMS é o mesmo que limitar "web" a websites.
Vamos conhecer dois exemplos bem bacanas de Mobile Advs diferenciados:


1. Alerta Vermelho Publifolha

Para lançamento de livro sobre Menstruação, a agência África desenvolveu um hotsite da aonde internautas (mulheres) eram estimuladas a preencher seu nome, telefone e data da última menstruação. Além disso, também informavam nome e celular do namorado/marido.
Na data correta, as mulheres recebiam um SMS avisando sobre início do período fértil. Já os homens, recebiam um alerta sobre o início da TPM de sua parceira.




2. Sincronia entre SMS e wesite

Cruzamento entre websites e ligação telefônica, baseada em sincronismo entre as plataformas.
O usuário era convidado a assistir a um filme que simulava uma pessoa dirigindo um carro.
No meio do filme seu celular toca e, ao atender, o carro sofre um acidente no vídeo.




Além desses tipos de interações exemplificadas, a tendência engloba também a comunicação através do WAP do celular – ações desenvolvidas especificamente para a internet do celular, como, por exemplo, o QR Code; mobile site; interação via Bluetooth; Java; mensagens de voz e mensagens multimídia (MMS).

Cada tecnologia traz suas vantagens e desvantagens, cabendo ao anunciante analisar cada ponto (penetração no target; usabilidade; custo ao consumidor; interatividade; desenvolvimento e aprovação dos operadores) para então decidir qual a melhor forma de entrar em contato com o target, levando-se sempre em conta o objetivo final da ação (gerar interação, aumentar o conhecimento da marca, expor um novo conceito, entre diversas outras possibilidades).
Mas engana-se quem pensa que o mobile veio para revolucionar e substituir as mídias tradicionais. Como qualquer outra mídia, o mobile não suporta sozinho uma campanha de comunicação. Existe a necessidade de uma união de esforços, em várias mídias, para que uma marca consiga atingir seu target de maneira eficiente.


Quando comparado a outras mídias, o mobile destaca-se pelo seu grau de inovação; por possibilitar que o público interaja com a mensagem e, mais do que isso, com a marca; por ser uma mídia com elevado grau de efetividade; e por possibilitar a segmentação, importante ferramenta para a comunicação moderna. Segmentando o público e atingindo-o de maneira direta e diferenciada, o anunciante tem grandes chances de impactar seu target e imprimir maior relevância e afinidade da sua mensagem perante este target.


A tecnologia evolui cada vez mais e oferece aos consumidores uma vasta gama de opções e funcionalidades que, muitas vezes, não são exploradas ou mesmo utilizadas pelos usuários. Os aparelhos de celular são exemplos claros de objetos modernos que incorporam tecnologias cada vez mais avançadas e completas, mas que nem sempre são compreendidas e/ou utilizadas. Trata-se de aparelhos considerados imprescindíveis na vida do homem moderno. Estamos falando de mais de 164 milhões de celulares ativos no Brasil, ou seja, uma penetração de aproximadamente 86% na população do país, o que torna essa mídia poderosíssima.


De acordo com uma pesquisa realizada no Reino Unido, cerca de 53% dos entrevistados afirmaram serem dependentes do celular e sentirem angústia e ansiedade na falta do referido aparelho, ou na falta de sinal da operadora. Essa dependência dos aparelhos eletrônicos e da tecnologia em si caracteriza uma verdadeira síndrome da vida moderna: é a chamada Nomofobia (prefixo “nomo” origina-se do inglês “no mobile”). Para se ter uma idéia da dimensão disso, cerca de 20% dos entrevistados consideram que não ser contactado por celular é mais estressante que se mudar de casa ou romper um relacionamento amoroso. Estima-se que 13 milhões de britânicos sofram dessa síndrome. Além disso, a dependência do celular não está relacionada apenas à vida pessoal: a pesquisa mostrou que 10% dos entrevistados precisam ficar disponíveis 24 horas por dia para atender a ligações no celular referentes a trabalho. Nomofóbicos e Workaholics?

Mas ok. Agora vamos falar um pouco sobre os pontos negativos: apesar de seu elevado potencial, o mobile apresenta, até então, um problema relevante: o consumidor ainda não está totalmente confortável com essa plataforma, ou seja, há certa apreensão quanto à segurança e privacidade nesse meio.

Além disso, o Brasil é um mercado muito pequeno para o Mobile Marketing se comparado aos EUA: aqui, somente 22,4 milhões de usuários acessam a internet via dispositivo móvel diariamente. Isso se explica, primeiramente, porque o Brasil possui baixa penetração de iPhones, uma vez que eles representam menos de 0,5% das 162 milhões de linhas ativas no mercado. Mas aí você pode estar se perguntando: por que o iPhone é referência quando falamos em plataforma mobile?
O volume de ações mobile cresceu significativamente entre 2008 e 2009 e tudo isso principalmente graças a um movimento em enorme ebulição: as lojas de aplicativos, ou app stores. E, nesse contexto, a mais proeminente é a Apple App Store, com seus 70.000 desenvolvedores cadastrados e mais de 1,5 bilhão de downloads de aplicativos. A Apple criou um novo ecossistema que facilitou o processo de desenvolvimento e publicação de aplicativos, além de terem facilitado o acesso do consumidor final. Uma verdadeira febre!

Porém, outras app stores estão se instalando no país. Há uma verdadeira cadeia de desenvolvedores se formando, bem como a cultura de download de aplicativos. E o que há de mais precioso em se construir um aplicativo é o fato de ganhar espaço no aparelho do consumidor, o que é denominado de share of hardware: uma realidade cada vez mais reconhecida como valiosa para as empresas!

Em muitos países o mobile já está sendo bastante explorado e
utilizado, porém no Brasil a expansão ainda está um pouco tímida. Como Cristiane Higashi, da Gemalto, falou: o processo é basicamente de catequese, ou seja, ainda é preciso educar as pessoas para que elas consumam essa mídia de forma a encará-la com mais credibilidade e confiança. A expectativa para o Brasil é de um boom no crescimento de mobile nos próximos anos, uma vez que o cenário é, sem dúvida, favorável para esse crescimento potencial. Fica a dica para os estudantes e profissionais de comunicação: acompanhar as novidades da plataforma mobile como mídia de forte potencial para impactar ações de marketing. Afinal, você não quer ser da geração em que só se pensa em investir em mídias de massa, como TV e rádio, certo? Vamos sair do Broadcast e ir para o Narrowcast: segmentando, customizando, adequando e inovando nos formatos. Vamos além.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Grupo Interactuar
Palestra Thiago Arantes – Riot

25/09/2009

Frequentemente nos deparamos com a seguinte pergunta: Como você imagina sua vida daqui a 5 anos? Olha, haja imaginação, pois, se a tecnologia continuar evoluindo com tanta rapidez, não tenho ideia do que está por vir...
Agora deixa eu fazer uma outra pergunta, você imaginava ser dependente do Facebook 5 anos atrás? Ou, ainda, ter que informar para seus seguidores no Twitter o que você almoçou ou o quanto gostaria de estar em casa ao invés de estar no trabalho? Pois é, ouso dizer que nos tornamos dependentes das mídias sociais online, aliás, não é por acaso que o Orkut é o site que tem maior tempo de permanência dos usuários brasileiros. Somos a geração “slash”, “Y”, que vive na era da informação! Somos bombardeados o tempo todo por informações, mesmo que muitas delas não sejam tão importantes assim...




(Fonte: Revista Superinteressante, edição 270, OUT/2009)

Nós somos a geração que cresceu junto com a internet, tivemos a oportunidade de presenciar a migração da Web 1.0, quando, não muito tempo atrás, éramos meros espectadores, admirando todo aquele conteúdo que a telinha do computador podia nos proporcionar, para a Web 2.0, onde nós somos o conteúdo, qualquer um é responsável por produzir, publicar, consumir e moderar qualquer tipo de informação, a telinha do computador passou a ser alimentada pelos seus fiéis usuários.




As mídias sociais nada mais são do que conversas entre pessoas, consumidores e empresas. Voilá, chegamos ao ponto que foge do nosso controle: as empresas. Aliás, reformulando, chegamos ao ponto que foge do controle delas: milhares de pessoas se conectando o tempo todo. Ahn??? Ok, vamos por partes, as empresas mais antenadas têm procurado as maneiras mais inovadoras de se comunicarem com seus consumidores, e, muitas vezes, somos influenciados por essas empresas indiretamente. Como assim? Uma empresa, por exemplo, a Nokia, cliente do nosso palestrante de 25/09, Thiago Arantes da Riot, identificou uma comunidade uruguaia que parodiava seus principal produto em lançamento na época (o celular N95) e resolveu criar um hotsite com essa idéia, promovendo uma competição entre os internautas e fazendo-os entrarem em contato com o produto sem serem bombardeados por comerciais em seu momento de lazer, aliás, inventar uma imitação do super smartphone tornou-se a diversão daquelas pessoas.
“A Estratégia em Mídias Sociais é uma imersão neste universo de transparência nas relações entre empresa e consumidores.”
Até aí tudo bem, mas, como as empresas podem nos controlar? Pois é, elas não podem! A partir do momento que todo mundo tem o direito de falar o que bem entender as empresas tornam-se vulneráveis. Thiago nos apresentou alguns anticases, aquelas idéias que poderiam ter sido ótimas, mas não foram aceitas pelo público. Ou, um outro exemplo seriam as manifestações online de clientes revoltados. Um caso recente é o super hit do Youtube “United breaks guitars”, onde um cantor compôs uma séria de canções após ter sua guitarra de estimação quebrada em um vôo da United Airlines e, ao reclamar, foi ignorado. O vídeo teve mais de um milhão de views em menos de uma semana.






Agora, o que fazer se sua empresa está sendo mal falada para milhares de pessoas no mundo todo?! Encontrar aí uma oportunidade. Segundo Thiago, momentos de crise exigem uma atitude rápida e criativa por parte da marca, que pode muito bem sair dessa sem muitos estragos. Como, por exemplo, a propaganda das novas Havaianas Fit com o filme “Avó”, que recebeu tantas reclamações e elogios que foi retirado da TV, mas ainda disponível para quem quisesse vê-lo no site da marca.



Portanto, a publicidade deve achar meios de interação buscando sempre ouvir o que o consumidor tem a dizer e o que ele realmente quer, oferecer conteúdos relevantes à essas necessidades, que surpreendam e divirtam ao mesmo tempo e, principalmente, identificar quem vai difundir aquela mensagem, quem são os betas naquele grupo, ou melhor, os formadores de opinião.

Pessoal, esse foi um resumo básico sobre a palestra do Thiago Arantes da agência Riot. Para ter maiores informações é só ir no link abaixo e dar uma olhada nos slides do próprio palestrante:

http://www.slideshare.net/arantes/fatores-de-sucesso-e-medio-de-resultados-em-mdias-sociais


Faça o Quiz e descubra o quanto você prestou atenção na palestra:
http://www.facebook.com/apps/application.php?id=145203182884



Twittadas:




www.twitter.com/interactuar

Assista a cobertura completa em:




http://interactuar.tumblr.com

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Midias sociais: como avaliar e torná-las efetivas na comunicação empresarial?

Boa noite!

Hoje nós vamos discutir, dentre outros tópicos, principalmente sobre uso de mídias sociais no ambiente publicitário. Esse tema foi pauta na palestra com Thiago Arantes que ocorreu sexta-feira passada (25/09/09) na ESPM. Para podermos entregar o máximo possível de informações, a vocês caros leitores, nós fizemos a cobertura via twitter (@midiassociaisg4), skype ao vivo, Orkut (comunidade: mídias sociais nas empresas - http://www.orkut.com/Main#Community?cmm=94566501), fotos e filmagem para postar no Youtube (http://www.youtube.com/watch?v=-RWCpGLf88w e http://www.youtube.com/watch?v=sTkYcPfnMhM ), além de comunicar previamente aos alunos da CSOS6C no email acadêmico informações como tema, local, horário e redes de cobertura. A grande relevância para a escolha desses formatos para a cobertura foi feita com base na metalinguagem, ou seja, nada melhor do que utilizar mídias sociais para falar sobre mídias sociais.
O palestrante trabalha na Riot (www.riot.com.br), uma agência especializada em mídias sociais, que as definem como “espaços de interação entre usuários. São considerados exemplos de mídias sociais: blogs, redes sociais (Orkut), fóruns, e-groups, instant messengers, wikis, sites de Sharing (YouTube, Flickr).” O Thiago Arantes acredita que a união da publicidade com mídias sociais ajuda a monitorar a opinião dos consumidores sobre uma marca em questão. A metodologia trabalhada pela agência considera os 4C’s como pilares fundamentais: conteúdo relevante, canais adequados, conversação – diálogo entre marca e consumidores - e controle sobre as ações nas mídias sociais.
Mídias sociais são ferramentas online que geram interação social. Elas surgiram através da criação de Bloggers que transformaram a forma de utilizar a internet. Antes, os internautas eram receptores de informações e mais precisamente, em 2003, eles passaram a interagir com o meio, podendo divulgar suas idéias, valores e pensamentos para outros usuários. Tornando assim, um meio ativo de comunicação bidirecional e social simultaneamente.
Atualmente, a mídia social mais utilizada no mundo é o Facebook, um site de relacionamento no qual as pessoas criam perfis para se comunicar com outros usuários. Com a consolidação deste tipo mídia, ocorreu uma migração da utilização de sites editoriais que tem a função de informar para sites sociais de promissor conteúdo.
Com todo esse movimento, a internet passou a ser mais um meio oportuno para a publicidade, já que pode ser considerada como um conteúdo a ser compartilhado. Por ser uma mídia de alta penetração, é possível atingir diferentes tipos de usuários e possui um alto poder de segmentação. Muitas empresas passaram a acreditar no conceito do “Big Idea” da internet, como forma de grande potencial viral, porém a publicidade ainda precisa ser sustentada por um mix de mídias para obter bons resultados. Segundo Wagner Fontoura, ele acredita que as mídias sociais são efetivas, pois “normalmente, todos os dias as pessoas se dão a chance de sair da sua zona de conforto e explorar novas áreas de interesse, conhecer novas pessoas e assumir riscos; de possuírem o controle sobre o que elas fazem on-line. O destino está nas mãos de cada um; podem ser quem quiser, quando quiserem; Além disso, não é um capricho e sim uma tendência que funciona; um conceito que atrai os usuários e continuará atraindo até que a mídia social 2.0 vá embora; sendo que as possibilidades não tem fim. Quem duvida que o MySpace é um sucesso? E o Youtube? Essas plataformas são apenas o começo, logo os usuários terão ferramentas para fazer o que quiserem; E para finalizar, mídia Social é fácil. As ferramentas de mídia social são de fácil configuração e se forem bem feitas são fáceis de ganhar dinheiro.”
Por ser um meio de rápida modificação, no qual as informações se desatualizam rapidamente, o conteúdo precisa ser sempre novo e relevante para que atraia os internautas. Para que as mídias sócias sejam eficazes, os denominados “alfas”, criadores das informações, precisam identificar os “betas” ideais, para repassarem o conteúdo. Segundo David Armano grande desafio das empresas anunciantes é acompanhar o processo online, ou seja, modificar/implementar seus produtos a cada sugestão e/ou resposta de um grupo de consumidores.
A grande vantagem na mensuração das ações feitas na internet é que esta proporciona um feedback instantâneo e tal técnica permite obter tanto dados qualitativos quanto quantitativos. Por meio de dados quantitativos é possível saber o número de acessos a sites, de views de um vídeo, de posts espontâneos em blogs, em posts, redes sociais e fóruns. E já através de dados qualitativos, é possível saber a relevância dos blogueiros que postaram espontaneamente e entender o teor dos seus comentários, sendo que muitas empresas estão utilizando a internet como uma ferramenta similar ao focus group. A precisão para a medição dos resultados da utilização da Internet é muito maior do que em qualquer outro meio.
Apesar dos dados serem muito favoráveis a veiculação na internet, muitas empresas ainda demoram a quebrar esta barreira, seja por medo, ou por não entender a grande relevância e pertinência de uma mídia que veio para somar a todos os outros veículos de comunicação.


Bibliografia:
http://www.cultura.gov.br/site/2008/02/29/a-hora-e-a-vez-das-midias-sociais/


http://epocanegocios.globo.com/Revista/Common/0,,EMI80575-16646,00-MIDIA+SOCIAL+PARA+QUE.html