segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Mobilize-se...

Sobre a palestra de Cristiane Higashi, New Media Marketing Manager da Gemalto, em 16 de outubro de 2009
Veja fotos da palestra:

http://www.flickr.com/photos/mobilegemalto
Leia o que rolou no Twitter durante a palestra:
http://twitter.com/mobilegemalto

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Você já parou para pensar em quantas vezes você olha para o seu celular durante o dia? Seja para ver as horas; mensagens; fazer ligações; jogar; baixar toques e aplicativos; ouvir música...

Pois é, há algum tempo a finalidade do celular vem deixando de ser apenas a de fazer e receber chamadas. Hoje em dia, o que antes era um simples objeto facilitador da comunicação interpessoal, vem se tornando uma mídia eficiente e rentável, capaz de gerar interação efetiva entre os consumidores e as marcas.

As pessoas estão cada vez mais ativas e com um ritmo de vida acelerado e, por isso, é cada vez mais difícil encontrá-las em suas casas. Conseqüentemente, as marcas têm encontrado cada vez mais dificuldade em expor sua mensagem de forma efetiva, ou seja, garantindo que o público assimile o que é proposto por elas. Dessa forma, por que não utilizar o celular para se comunicar com o público-alvo? O celular é uma mídia eficiente, à medida que permanece, na maioria das vezes, 100% do tempo com seu usuário. O impacto é imediato! E indiscutivelmente diferenciado! Uma realidade em que faz-se uso de um objeto de uso cotidiano para conversar com o consumidor e fazer com que ele reconheça a veracidade do que estamos querendo comunicar, preferencialmente com um apelo chamativo e diferente de tudo o que ele já tenha visto. Exemplos disso...



Mas o que dá pra fazer com mobile, considerando possibilidades da propaganda?

Mobile Advs não é só enviar SMS e fazer site para celular. Pensar em Mobile Marketing como simples disparo de SMS é o mesmo que limitar "web" a websites.
Vamos conhecer dois exemplos bem bacanas de Mobile Advs diferenciados:


1. Alerta Vermelho Publifolha

Para lançamento de livro sobre Menstruação, a agência África desenvolveu um hotsite da aonde internautas (mulheres) eram estimuladas a preencher seu nome, telefone e data da última menstruação. Além disso, também informavam nome e celular do namorado/marido.
Na data correta, as mulheres recebiam um SMS avisando sobre início do período fértil. Já os homens, recebiam um alerta sobre o início da TPM de sua parceira.




2. Sincronia entre SMS e wesite

Cruzamento entre websites e ligação telefônica, baseada em sincronismo entre as plataformas.
O usuário era convidado a assistir a um filme que simulava uma pessoa dirigindo um carro.
No meio do filme seu celular toca e, ao atender, o carro sofre um acidente no vídeo.




Além desses tipos de interações exemplificadas, a tendência engloba também a comunicação através do WAP do celular – ações desenvolvidas especificamente para a internet do celular, como, por exemplo, o QR Code; mobile site; interação via Bluetooth; Java; mensagens de voz e mensagens multimídia (MMS).

Cada tecnologia traz suas vantagens e desvantagens, cabendo ao anunciante analisar cada ponto (penetração no target; usabilidade; custo ao consumidor; interatividade; desenvolvimento e aprovação dos operadores) para então decidir qual a melhor forma de entrar em contato com o target, levando-se sempre em conta o objetivo final da ação (gerar interação, aumentar o conhecimento da marca, expor um novo conceito, entre diversas outras possibilidades).
Mas engana-se quem pensa que o mobile veio para revolucionar e substituir as mídias tradicionais. Como qualquer outra mídia, o mobile não suporta sozinho uma campanha de comunicação. Existe a necessidade de uma união de esforços, em várias mídias, para que uma marca consiga atingir seu target de maneira eficiente.


Quando comparado a outras mídias, o mobile destaca-se pelo seu grau de inovação; por possibilitar que o público interaja com a mensagem e, mais do que isso, com a marca; por ser uma mídia com elevado grau de efetividade; e por possibilitar a segmentação, importante ferramenta para a comunicação moderna. Segmentando o público e atingindo-o de maneira direta e diferenciada, o anunciante tem grandes chances de impactar seu target e imprimir maior relevância e afinidade da sua mensagem perante este target.


A tecnologia evolui cada vez mais e oferece aos consumidores uma vasta gama de opções e funcionalidades que, muitas vezes, não são exploradas ou mesmo utilizadas pelos usuários. Os aparelhos de celular são exemplos claros de objetos modernos que incorporam tecnologias cada vez mais avançadas e completas, mas que nem sempre são compreendidas e/ou utilizadas. Trata-se de aparelhos considerados imprescindíveis na vida do homem moderno. Estamos falando de mais de 164 milhões de celulares ativos no Brasil, ou seja, uma penetração de aproximadamente 86% na população do país, o que torna essa mídia poderosíssima.


De acordo com uma pesquisa realizada no Reino Unido, cerca de 53% dos entrevistados afirmaram serem dependentes do celular e sentirem angústia e ansiedade na falta do referido aparelho, ou na falta de sinal da operadora. Essa dependência dos aparelhos eletrônicos e da tecnologia em si caracteriza uma verdadeira síndrome da vida moderna: é a chamada Nomofobia (prefixo “nomo” origina-se do inglês “no mobile”). Para se ter uma idéia da dimensão disso, cerca de 20% dos entrevistados consideram que não ser contactado por celular é mais estressante que se mudar de casa ou romper um relacionamento amoroso. Estima-se que 13 milhões de britânicos sofram dessa síndrome. Além disso, a dependência do celular não está relacionada apenas à vida pessoal: a pesquisa mostrou que 10% dos entrevistados precisam ficar disponíveis 24 horas por dia para atender a ligações no celular referentes a trabalho. Nomofóbicos e Workaholics?

Mas ok. Agora vamos falar um pouco sobre os pontos negativos: apesar de seu elevado potencial, o mobile apresenta, até então, um problema relevante: o consumidor ainda não está totalmente confortável com essa plataforma, ou seja, há certa apreensão quanto à segurança e privacidade nesse meio.

Além disso, o Brasil é um mercado muito pequeno para o Mobile Marketing se comparado aos EUA: aqui, somente 22,4 milhões de usuários acessam a internet via dispositivo móvel diariamente. Isso se explica, primeiramente, porque o Brasil possui baixa penetração de iPhones, uma vez que eles representam menos de 0,5% das 162 milhões de linhas ativas no mercado. Mas aí você pode estar se perguntando: por que o iPhone é referência quando falamos em plataforma mobile?
O volume de ações mobile cresceu significativamente entre 2008 e 2009 e tudo isso principalmente graças a um movimento em enorme ebulição: as lojas de aplicativos, ou app stores. E, nesse contexto, a mais proeminente é a Apple App Store, com seus 70.000 desenvolvedores cadastrados e mais de 1,5 bilhão de downloads de aplicativos. A Apple criou um novo ecossistema que facilitou o processo de desenvolvimento e publicação de aplicativos, além de terem facilitado o acesso do consumidor final. Uma verdadeira febre!

Porém, outras app stores estão se instalando no país. Há uma verdadeira cadeia de desenvolvedores se formando, bem como a cultura de download de aplicativos. E o que há de mais precioso em se construir um aplicativo é o fato de ganhar espaço no aparelho do consumidor, o que é denominado de share of hardware: uma realidade cada vez mais reconhecida como valiosa para as empresas!

Em muitos países o mobile já está sendo bastante explorado e
utilizado, porém no Brasil a expansão ainda está um pouco tímida. Como Cristiane Higashi, da Gemalto, falou: o processo é basicamente de catequese, ou seja, ainda é preciso educar as pessoas para que elas consumam essa mídia de forma a encará-la com mais credibilidade e confiança. A expectativa para o Brasil é de um boom no crescimento de mobile nos próximos anos, uma vez que o cenário é, sem dúvida, favorável para esse crescimento potencial. Fica a dica para os estudantes e profissionais de comunicação: acompanhar as novidades da plataforma mobile como mídia de forte potencial para impactar ações de marketing. Afinal, você não quer ser da geração em que só se pensa em investir em mídias de massa, como TV e rádio, certo? Vamos sair do Broadcast e ir para o Narrowcast: segmentando, customizando, adequando e inovando nos formatos. Vamos além.

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