sexta-feira, 13 de novembro de 2009

O Espetáculo das Marcas - conteúdo, entretenimento e copyleft


                Em uma era em que a publicidade é considerada grande vilã da sociedade, promover o crescimento de uma marca é uma tarefa quase épica. Com a revolução digital, o mundo foi atingido por uma maré tecnológica que permitiu a maior acessibilidade aos meios de comunicação por parte dos consumidores. As empresas, por sua vez, não tardaram em se aproveitar desta facilidade para divulgar suas marcas e fazê-las estar sempre em contato com as pessoas.
                Este processo, porém, teve um crescimento incontido, e, em poucas décadas, o efeito satisfatório que a propaganda mantinha sobre seu público foi brutalmente reduzido. Hoje, com a sobrecarga de mensagens indutivas à compra que bombardeiam os consumidores todos os dias (estima-se que em um período curto de 24 horas, uma pessoa entre em contato com mais de 15 mil anúncios), a captação da atenção pelos recados publicitários tradicionais é uma raridade indiscutível. Esta “imunidade” é um fator que tem causado grandes dores de cabeça às grandes marcas, que muitas vezes não sabem ao que recorrer a fim de transpor a cancela que impede o contato com o público.
                Neste mundo de dificuldades comunicacionais, a chave para superação e obtenção do sucesso pode ser muito mais simples do se possa imaginar. Segundo Alexandre Lourenção, ex-F.Biz e atual diretor de marketing do projeto Ventriloquo, o segredo é substituir a veiculação de campanhas previsíveis em mídias triviais por estratégias pouco convencionais, menos invasivas, e que se aproveitem da diversão e do entretenimento para construir uma ligação eficiente com os consumidores. Desta forma, será muito mais fácil para as empresas vencerem o desafio de alcançar as pessoas onde elas estiverem e, consequentemente, gerar lucros e aumentar seu brand equity. Ou seja, hoje já não basta uma marca fazer propaganda, ela deve criar enredos que extravasam o campo da propaganda e estão em várias outras ferramentas da comunicação. Assim, o consumidor interage com a marca e transformam o conteúdo.


                Um dos erros mais comuns do homem de marketing é titubear no momento de aderir a esse tipo de estratégia, dando preferência aos investimentos rotineiros em publicidade above the line, o que muitas vezes os impede de aproveitar excelentes oportunidades de negócio. Tomadores de decisão com visão verdadeiramente apurada reconhecem a necessidade de utilizar meios que divirtam os consumidores  para que suas marcas, de fato, avancem. Exemplo de sucesso é o Starbucks, a famosa marca americana de café (que, ao longo de sua história, utilizou outras ferramentas para comunicação de sua marca em detrimento dos cansativos anúncios impressos que muitas marcas insistem em veicular) que, hoje, é sinônimo indiscutível de categoria.
                O que se pode afirmar é que essa demanda por um novo estilo de comunicação provém de modificações sócio-econômicas da população. Segundo Alexandre, a chegada da era pós- moderna marcou a emergência de consumidores com características muito peculiares. Atualmente, o dinheiro ganho por meio do trabalho não é gasto somente com susbsistência, mas com diversas atividades que proporcionam o lazer familiar e pessoal. Pode-se incluir aqui gastos com tecnologia e compra de aparelhos que possibilitam o contato com o meio digital (como computadores, que não são mais considerados objetos financeiramente inalcançáveis como eram antes) e a inclusão nas mídias sociais.
                Essa mutação constante dos consumidores é uma praxe inevitável, que tem de ser levada em consideração pelas empresas que não desejam ter seus negócios estancados pela falta de acompanhamento das mudanças de seu público. Não se pode perder tempo para encontrar regras de consumo na sociedade pós moderna, o que se deve fazer é reconhecer o surgimento de novos e voláteis desejos, que caracterizam a conhecida geração slash slash.
                Diante de consumidores mais conscientes e resistentes às mensagens, talvez a publicidade isolada não seja a melhor saída para o sucesso. Como já citado, é preciso ser criativo o suficiente para elaborar um tipo de comunicação diferente e inesperado, que transforme a marca a ser divulgada em um espetáculo capaz de entreter e divertir as pessoas de uma forma que lhes seja agradável. Somente com a fuga ao tradicional, as empresas conseguirão atingir seu público de maneira eficaz, e estarão bem preparadas para lutar pela atenção dos consumidores. Caso os homens de marketing insistam em não aderir à essa prática, é provável que suas campanhas percam em audiência para os próximos hits do mundo virtual.
                Segundo Alexandre Lourenção, uma das ferramentas mais poderosas para divulgar a marca de maneira pouco invasiva é adesão à propaganda viral. Abordar a marca de forma divertida é uma forma de fazer com que ela se fixe na mente dos consumidores mais facilmente. E o humor é, na maioria das vezes, o caminho mais certeiro para conseguir essa proeza. Um exemplo que evidencia a força dos virais é a campanha recentemente lançada pelo Speedy: o tradicional vídeo de propaganda, embora muito bem elaborado, não foi muito acessado pelos internautas no Youtube; em compensação, um vídeo que mostra “Michael Night”, um personagem muito divertido, cantando uma música em língua estrangeira, teve uma quantidade assustadora de views.  


                  Outro caso que pode ser citado é o viral “Will it Blend”, que mostra o benefício central do produto de uma maneira extremamente divertida. Trata-se de uma demonstração de um liquidificador que se diz capaz de triturar qualquer tipo de coisa. No vídeo, um simpático senhor coloca seu Iphone dentro do aparelho, a fim de defender a tese de que este é capaz de cortar absolutamente tudo.
                A construção de conteúdos deste tipo, que muitas vezes são paródias bastante retorcidas das mensagens originais das marcas, vem causando uma reviravolta na área de direitos autorais. Hoje, a aderência das empresas ao “Copyleft” é uma atitude sábia. Por meio da liberalização da abordagem à marca, as possibilidades de que os chamados “geradores de conteúdo” criem mensagens favoráveis aumentam, bem como as chances de que os consumidores entrem em contato com divertidos conteúdos viralizados.
                Ter mente aberta para reconhecer o poder dessas ferramentas no mundo atual é uma necessidade irrevogável. Quando se tem uma boa ideia e um conteúdo relevante em mãos, é preciso lutar para que a mensagem se espalhe pelos mais diversos meios utilizados pelos consumidores em seus momentos de entretenimento e lazer. Uma vez conseguido o “sparckle”, ou seja, a primeira faísca que dá início ao rápido processo de divulgação e expansão dessa mensagem, os resultados tendem a ser bastante positivos para a marca. De certo, os momentos alegres proporcionados pelos virais no cotidiano das pessoas serão convertidos em uma poderosa propaganda boca-a-boca, mais valiosa que qualquer outro tipo de comunicação poderia ser. 
                Ainda no campo do conteúdo, Alexandre Lourenção cita a inversão da cadeia de valor como uma das características atuais. É muito comum que, em um primeiro momento, as pessoas criem, espontaneamente, um conteúdo divertido, o divulguem na internet, e, somente após o sucesso o vendam para a marca abordada. Exemplo marcante é o caso Mentos-Coca Cola, que nasceu como uma grande brincadeira, gerando muito alarde entre os consumidores, e, somente muito tempo mais tarde teve a aderência efetiva das marcas para divulgação da mensagem.
                Diante da sociedade do espetáculo, permanecer com uma ideia de comunicação limitada e tradicional é um primeiro passo para o suicídio da marca. É preciso ser inovador o suficiente para olhar além do horizonte e encontrar meios para entrar em contato com os consumidores de forma não invasiva e que possa acrescentar algo de relevante aos seus repertórios. O conteúdo e a criatividade são as chaves para o sucesso, e o forte apego a estes é a maneira mais eficaz de tornar a marca, de fato, conhecida. Tentar é imprescindível.


Por: Antonio Rafael Moron, Helmer Loureiro, Larissa Lopes Cindra, Lunna Pereira, Marcelo Alcantara Prol, Rafael D'elia. - CSOS 6D          

-        Não deixem de acessar o twitter da palestra “O Espetáculo das Marcas – por Alexandre Lourenção: @copyleftcontent
-        O flickr com algumas fotos é esse:  http://www.flickr.com/photos/44570442@N05/







quinta-feira, 12 de novembro de 2009

O Espetáculo das Marcas, por Alexandre Lourenção

Acompanhe o palestrante em @alelou, para conhecer mais.


A vida no mercado atual

A palestra de Alexandre Lourenção, apresentada no dia seis de novembro de 2009 abordou o tema “O Espetáculo das marcas: entretenimento, conteúdo e copyleft”.
De modo geral, o assunto foi sobre as propagandas tradicionais e sua eficiência nos dias atuais e as novas abordagens da comunicação, o quanto os consumidores realmente se envolvem com a marca e são o quanto são impactados por algum tipo de mensagem publicitária.
 A relação dos consumidores com as marcas, normalmente é encarada de forma errônea por muitos profissionais de comunicação. Os consumidores não vivem pelas marcas, eles apenas encontram as mesmas em seu dia-a-dia, se identificando ou não; e cada vez mais, criam uma aversão maior ao tipo da mensagem tradicional, que têm certo caráter invasivo, e assim, toda e qualquer marca que deseja receber algum feedback e atingir seu target, deve criar novas formas de abordá-lo.
Toda mensagem central de uma propaganda tem a ver com alcance e com a resposta que as pessoas darão a uma certa mensagem, desta forma,  o desejo de que o consumidor transfira a atenção para a marca/produto é cada vez maior, uma vez que esta ação, é impulsionadora de um aumento no brand equity e no lucro daquela marca. A construção deste brand equity por sua vez, se dá através das características físicas e benefícios do produto, de sua embalagem, da imagem da marca, da mensagem da propaganda e a arte que a ilustra.
  A comunicação enfrenta hoje um grande desafio para impactar seus targets, uma vez que a dinâmica social se torna cada vez mais diferente, as relações interpessoais se tornam cada vez mais líquidas, tornando cada vez mais difícil, ser relevante para um indivíduo que se comunica a maior parte do seu tempo através da internet, visto que os contatos através de mídias sociais são maiores que aqueles cara-a-cara.
A Modernidade Líquida, já abordada por Baumman, descreve um indivíduo que tem muito mais acesso a informação do que há 50 anos atrás, sendo assim, seus hábitos gerais, incluindo os de consumo, se tornam cada vez mais voláteis e espontâneos, em certos momentos, até ambíguos.
Ainda neste contexto, as mídias sociais já fazem parte do cotidiano das pessoas contemporâneas, mesmo assim, este consumidor não quer ser invadido neste meio. O consumidor não demonstra mais interesse pela mensagem publicitária por ela simplesmente, e sim, por algum conteúdo que seja gerado pela marca. Vivemos hoje em uma sociedade do Espetáculo, as pessoas buscam apenas o espetáculo e o entretenimento, querem se divertir e procuram o escapismo, e é desta forma que virais e “hits” do youtube tornam-se comunicações eficientes. O conteúdo apresentado desta forma pode ser comparado até a certa política do pão e circo.
O consumidor atual detém o poder da escolha e opinião, além disso trata-se de uma pessoa com diversos interesses, que variam do som clássico ao rock pesado, todos podem e são tudo, dificultando o papel da marca ao decidir como e qual meio utilizar para atingir o seu consumidor. 
Ainda que esse consumidor apresente características individualistas, ele sente necessidade de participar de alguma comunidade, ele busca seus assuntos de interesse, situações e mensagens que dêem possibilidade participativa, que lhe dê a oportunidade de customizar, conversar com a marca e com a mensagem que está lhe sendo apresentada.
Então o mercado da propaganda deve se apresentar como a criatividade sem forma fixa e multiplicável e o mais importante é como será passado este conteúdo para os diferentes meios, que realmente envolva o público-alvo, e seja criada a mensagem publicitária, que sirva de valor para vida de seu target. 
“Este indivíduo cada vez mais líquido consome diversas mídias ao mesmo tempo, sendo assim, toda e qualquer narrativa deve ser transmidiatica, de forma que o entendimento e a compreensão de todas as mensagens e conteúdos apresentados ao mesmo, devem ser independentes, mas ainda assim relacionadas. mas o consumidor deve poder conseguir acompanhar uma mensagem em certa mídia, sem precisar ter visto a mensagem em uma outra. Este consumidor não tem tempo em voltar para buscar as referencias que lhe foram passadas anteriormente, ele busca algo que seja momentâneo, rápido e objetivo, sem a necessidade de se construir um caminho de raciocínio anterior.”
(VADER, CASTRO, 2008).
O Lourenção enfatizou sobre como sendo a “bola da vez”, a palavra chamada conteúdo, e falou sobre a nova abordagem que crê ser uma das de maior valor pra momento atual, chamada conteúdo coletivo, não é cópia, nem roubo, trata-se de compartilhamento.
Para exemplificar sobre conteúdo coletivo o palestrante utilizou-se de um exemplo pessoal, a sua empresa chamada “Ventríloquo” criou uma mini série via web chamada “Privadas” para isso, convidou alguns atores que fazem parte da cultura jovem e pop, como o “Mionzinho” da MTV, e com uma produção interessante e envolvente, começou seus primeiros episódios.
A transmissão é apenas via web, no site privadas.com, para divulgação foi enviado uma mala direta, impressa em um papel higiênico, para os principais blogueiros e formadores de opinião do mundo de internet, para que estes postassem em seus Blogs a favor da mini serie. Ao final da divulgação e no inicio da mini série, o sucesso da ação foi ótimo, tanto que o diretor do programa foi convidado a ir a um programa de televisão.
Isso mostra que mesmo com uma idéia nova, e com uma produção boa sem muitos gastos, o conteúdo da mini serie foi o grande atrativo a todos que assistiram, e posteriormente comentarem em seus blogs e obter o resultado do programa.
Percebe-se então, que o modelo tradicional, de relacionamento Marca X Consumidor, deve se adaptar a volatilidade dos consumidores atuais, os pontos de contato devem ser reinventados, as mensagens devem ser mais criativas e devem fazer algum sentido para o repertório de seus público. E sucesso terão, aquelas marcas que entenderem que lutar contra este movimento totalmente massificado, é simplesmente impossível, o melhor a fazer é se juntar e embarcar neste movimento.
         
   “Nenhum de nós pode saber tudo; cada um de nós sabe alguma coisa e podemos juntar as peças, se associarmos nossos recursos e unirmos nossas habilidades. A inteligência coletiva pode ser vista como uma fonte alternativa de poder midiático.” (Cultura da Convergência; Jenkys.H)









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Postador por.:
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CSOS6C

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Palestra do GOOGLE – O papel da ferramenta de busca no planejamento da campanha publicitária

Além de alguns pontos técnicos, é importante sabermos como o publicitário tem que encarar a ferramente de busca. Abaixo, textos sobre assuntos discutidos a partir da palestra dada pelo Henrique Russowsky, do Google, na ESPM.

A evolução do consumidor
Antes da TV, as pessoas eram mais ativas, liam livros, iam brincar, joagavam futebol, tocavam guitarra em seu tempo livre. Com a entrada da TV, as pessoas passaram a ficar sentadas durante todos este tempo, vendo novela e coisas do tipo. As pessoas se acomodaram, ficaram mais reativas, esperando as coisas acontecerem. Nesta época, com a mídia de massa e um alto custo, conseguia-se atingir muita gente de uma vez só. Quando as pessoas queriam se informar, elas escutavam ráido, viam TV. Para as marcas, era mais simples ter a atenção dos consumidores.
Hoje, estamos voltando à época pré-TV. As pessoas entram numa rede social, usam a ferramenta de busca, querendo informações que elas achem relevantes. Não estão mais tão expostas a informações de maneira centralizada. Passam cada vez mais tempo no Twitter, Orkut, Facebook, etc, buscando informações que considerem relevantes. Por mais que estejam na frente do computador, tal atitude é muito mais ativa. O consumidor passa a ser um Prosumer (produtor + consumidor), e sua exigência altera o poder que ele tem na cadeia de valor, tornando-se ativo no processo de consumo, participando, comentando, produzindo seu próprio conteúdo e modificando o que já existe. Neste momento, a marca se frusta por não conseguir falar com as pessoas, pois elas não querem algo que não considerem relevantes, que não agrege, que não traga benefícios.
A mídia, nesta fase, está mais personalizada, e a ferramente de busca na internet deu o poder de distribuição para as pessoas que criam conteúdo. (Alguém já viu o novo experimento do Google Labs, o Google Social Search? Ficou mais fácil encontrar blogs, reviews, comentários e outros conteúdos públicos – o mais importante – do seu círculo social. Isso mesmo, busque dentro da busca de seus amigos).

Assistam abaixo um pequeno video da palestra falando mais sobre esse assunto:


A busca dentro do planejamento de mídia
A marca desesperadamente pergunta: “E agora, como faço para falar com as pessoas?”. A marca está na TV, mas também tem que estar na internet, pois o consumidor assiste à TV enquanto usa o computador. Segue-se aí uma busca frenética pela atenção para falar com o consumidor certo, na hora certa, com a mensagem certa e pela mídia certa.
E como a ferramenta de busca entra numa campanha de comunicação integrada? Nos meios como revista, TV e rádio, as pessoas recebem a informação. Depois de receber, elas querem saber mais sobre aquilo. É este o momento em que elas usam a ferramenta de busca, para saberem mais sobre os assuntos. Essa ligação entre TV e pesquisa é muito importante, pois 37% dos usuários entram na internet para descobrir mais sobre um anúncio na TV. Além do mais, a web é o destino nº1 para consumidores que buscam informações, comentários e comparação de preço. Ou seja, a busca online gera vendas offline.
Porém, o Google é só um direcionador de tráfego. Certamente, aparecer no início da busca natural é muito mais relevante. Para estar lá, no entanto, o índice de qualidade do seu site precisa ser alto, ou seja, você precisa ser ter conteúdo relevante para aquilo que o usuário está buscando. Fora que os clientes associam a classificação da pesquisa ao sucesso da empresa, esperando que as principais marcas estajam nas primeiras posições na página de resultados.
A busca também pode ser utilizada como estratégia de posicionamento da marca, ou seja, criar uma identidade a partir dos vários pontos de contato entre a marca e os consumidores. Uma marca de informática pode comprar palavras relacionadas à tecnologia e inovação, por exemplo. Quando um usuário procura por sites de tecnologia e a marca aparecer lá, ela precisará entregar algo para esse usuário. Por isso, é necessário ter um conteúdo relevante sobre o assunto para a marca poder ser associada à tecnologia e inovação. Ex: um blog dos engenheiros da empresa falando do dia-a-dia deles.

Como fucionam os links patrocinados?
A compra de palavras-chave é feita on-line, através do Google AdWords. Qualquer usuário pode criar uma conta para adquirir os termos relacionados ao seu negócio, de acordo com a estratégia da marca.
Em relação ao investimento, o anunciante tem que determinar duas informações: CPC Máximo (valor máximo que você aceita pagar por clique) e Budget diário (quanto você quer gastar por dia em sua campanha). Assim, o Google combina a oferta dada pelo clique com a relevância do anúncio para o usuário afim de determinar em qual posição ele será exibido. Então, o Google recalcula o CPC em função da combinação “oferta X relevância” dos concorrentes, podendo uma marca pagar mais barato do que estipulou de início, devido a sua alta relevância.

Para entender melhor essa relação de custos, veja abaixo os slides da palestra:

Google é uma prateleira digital
De acordo com a revista Wired, na edição de junho, em sua matéria de capa sobre a “Googlenomics”, “vender anúncios não gerá apenas lucros; também gera toneladas de dados sobre gostos e hábitos de usuários, dados que o Google analisa e processa para prever o comportamento do consumidor no futuro, achando maneiras de melhorar seus produtos e, claro, vender mais anúncios. Isso é o coração e a alma da Googlenomics. É um sistema de constante auto-análise: feedbacks repletos de dados que definem não somente o futuro do Google, mas o futuro de todos que fazem negócios online”.
As pessoas usam essa página para expressar o que querem comprar, o que querem entender mais a respeito (o Insights for search abre ao público as tendências de pesquisas, de acordo com o nosso comportamente no Google). A busca serve como impulso para as pessoas que estão na web buscando algum produto/serviço/informação. Assim, a marca precisa estar bem colocada lá. E para isso, é necessário entender como o usuário se comporta na busca, para conseguir entregar a ele o melhor conteúdo, da melhor forma.

Cobertura da palestra: meios, mensagens e créditos
Além dos diversos meios que adaptamos nosso conteúdo (links abaixo), tentamos uma cobertura diferenciada pelo Twitter: em vez de criar um novo perfil específico para a palestra – no qual o seguidores seriam colegas de classe que estariam, no momento, na palestra e não no Twitter - usamos os logins de duas integrantes do grupo (@samantagf e @relabronici), podendo alcançar pessoas além daquelas que estavam/sabiam da palestra.
Primeiro, analisamos esses dois perfis no TwitterAnalyzer, uma espécie de Google Analytics para Twitter, e vimos que ambos eram pouco ativos, com 5 tweets por mês nos últimos meses, e um número de seguidores que cresceu menos de 10% no mês. Durante a palestra, fomos tweetando em tempo real o que o palestrante dizia, likando sites e reportagens que prolongavam os assuntos, dando nossas opiniões, repassando comentários dos alunos da sala e postando links das fotos tiradas em tempo real. Alguns dias depois da palestra, novamente com o TwitterAnalyzer, percebemos que ambos os perfis haviam crescido o número de seguidores rapidamente, aumentando o nível de popularidade e, o mais interessante, aumentando o alcance de cada tweet para o dobro do número de seguidores de cada perfil. Entendemos, assim, que, para ser influen te, é preciso sim ser relevante mas também é preciso ser ativo e participativo. E pudemos ver reações de interesse por parte dos seguidores que não eram colegas de faculdade e puderam acompanhar a palestra também e repassá-la.

Links da palestra:
Slides da palestra no SlideShare
Textos de assuntos tratados aqui no Delicious
Fotos da palestra no Flickr
Twitters que cobriram a palestra: @samantagf e @relabronici
Video no Youtube da palestra

Links do Google:
Twiiters do Google: @google, @blogdoadwords e @googleretail
Blog do Google
Video - a história do Google em 2min de stop motion (imperdível!)

CSOS6D Grupo 7: Larissa Ribas, Nádia Zoghbi, Renata Marques e Samanta Fluture

Palestra Google 30/10/09




Saber que o Google é o maior site de buscas do mundo é a premissa para qualquer estudante de comunicação ter sua chance no mercado de trabalho. Mas se você é daqueles que busca o sucesso e o prestígio no mercado publicitário, é preciso considerar essa plataforma como o próximo passo da comunicação. Se antes já era difícil, atrair os consumidores com comerciais de 30’ durante a novela das oito, imagine hoje, onde uma única pessoa possui inúmeros papéis durante o dia. Assim, é preciso descobrir uma forma de atrair o consumidor certo (aquele que gosta da sua marca e estaria disposta a pagar por ela), na hora certa (mesmo que isso signifique estar dentro dos elevadores), com a mensagem certa (dizer o que você traria de diferente na vida daquele usuário) e utilizando a ferramenta certa (não, o seu target não irá prestar atenção em um anúncio na tela do metro, se ele não utiliza transportes públicos normalmente). O consumidor contemporâneo passa grande parte do seu tempo em frente à tela do computador, seja no trabalho ou em seus momentos de lazer. Por isso, desconsiderar a internet em um plano de mídia parece ser a maior besteira que uma marca pode cometer nos dias de hoje.



Nossa divulgação da palestra utilizou ferramentas de internet, tais como o Twitter, utilizado para fazer um aquecimento do assunto; Orkut e e-mail, utilizados para chamar as pessoas para a palestra; e ferramentas "offline", como mensagem SMS e o bluetooth dos celulares, que poderia ser acionado durante a palestra para se ter acesso às fotos tiradas no mesmo momento.

Dentro desse contexto, Henrique Russowsky, Gerente de Relacionamento do Google com as Agências no Brasil, apresentou em sua palestra na ESPM – SP, a importância da integração das mídias e principalmente, a utilização do marketing de busca para a sustentação de um bom posicionamento de marca. Atualmente, 77% dos consumidores buscam na internet, informações sobre os carros que intencionam comprar antes de partirem para uma concessionária. O usuário não espera ser impactado, ele vai atrás de informações e sente-se confortável em buscar por uma marca em especial. Por isso, qualquer empresa que tenha notado a importância dessa mídia, deve estar preparada para receber a visita de seu público-alvo, caçando um conteúdo relevante e interativo. Ela deve não só fornecer informações técnicas a respeito de seus produtos/serviços, mas produzir um conteúdo que seja complacente a solução que oferece. E é justamente a relevância, um dos quesitos principais que o Google utiliza para selecionar seus clientes. Os famosos links patrocinados são escolhidos com base na oferta, ou seja, a disponibilidade de budget do cliente e no índice de qualidade do conteúdo fornecido. Sendo o principal site de buscas do mundo e tendo em média 6 bilhões de buscas por dia, seu know-how permite selecionar as empresas ou marcas que sejam a resposta para os consumidores. A busca é a porta de entrada da web para milhões de usuários e, portanto, deve apresentar o que o usuário procura. Para isso, entra em jogo, entender não só aspectos demográficos e psicológicos do target, mas a intenção de busca daquele público-alvo na situação específica. As marcas devem enxergar esses buscadores como uma forma inteligente de sustentar o seu posicionamento e principalmente, receber o consumidor quando esse desejar entrar em contato, momento ansiado por qualquer empresa que deseje aumentar seu market share e algumas casas decimais em seu faturamento.

Se interessou?
Para mais informações, slides, áudio e fotos da palestra, textos relacionados ao assunto, vídeos e curiosidades acesse nosso blog: http://www.palestragoogle.blogspot.com/

Links utilizados na divulgação: www.twitter.com/marianaclas
                                              www.twitter.com/grazielc
                                              www.twitter.com/Jaquelinekang

                                          
CSOS6C – Palestra Google
Grupo 7 - Alessandro Rinaldi, Graziele Cruvinel, Guilherme Zorze, Isabela Horvat, Jaqueline Kang, Mariana Astolphi, Pedro Martinez

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Celulares: o Boom da Comunicação Móvel

Nos últimos anos, o aparelho celular deixou de ser apenas um equipamento capaz de fazer e receber ligações, e se tornou uma ferramenta praticamente obrigatória no cotidiano das pessoas, e não só dos brasileiros. Porém, especialmente no Brasil, vemos um enorme crescimento do setor de telefonia móvel ao longo da última década.
De acordo com um relatório oficial da Anatel, no ano de 1999, dez anos atrás, havia cerca de 15 milhões de aparelhos celulares registrados, número que saltou para 23,2 milhões em 2000, e posteriormente para 61,5 milhões em 2001. Atualmente já são mais de 170 milhões, o que significa que há aproximadamente 87,3 aparelhos para cada cem habitantes.
Com tais números deveras impressionantes, podemos notar que hoje o celular já faz parte do cotidiano da maioria dos brasileiros.
Por outro lado, também podemos observar a evolução dos aparelhos:



Nokia 7110 (modelo do ano de 1999): Tela em preto e branco, recebe/faz chamadas, recebe/envia SMS, função Vibracall, e só.




iPhone (modelo lançado em 2007): Tela touchscreen, MP3, Wi-Fi, câmera, dentre várias outras funções


Dentre as diversas adições aos mais recentes modelos, podemos citar o Bluetooth como uma das principais inovações. Ele é usado principalmente para interligar diversos aparelhos eletrônicos, tais como celulares, impressoras, videogames, fones de ouvido, câmeras digitais e modems, através de uma freqüência de rádio de curto alcance, o que compõe uma grande vantagem em relação ao infravermelho, uma vez que não é necessário que os aparelhos fiquem “cara-a-cara” para se conectarem.
Além do Bluetooth, uma grande inovação foi a implementação de sistemas GPS nos aparelhos de telefonia móvel, o que quer dizer que é possível localizar o usuário através do sistema global de posicionamento com uma enorme precisão, tendo uma margem de erro de aproximadamente 3 metros. Outros métodos também podem ser utilizados para o rastreamento do usuário, como por exemplo, através das ondas emitidas pelo celular e pelas torres de comunicação, porém este método apresenta uma grande desvantagem que é ser um serviço cobrado pela operadora, o que acaba saindo um pouco caro.
Em 2007, vimos o lançamento do iPhone, da Apple, que definitivamente mudou a mercado de celulares no mundo inteiro. Isso ocorreu, pois foi o primeiro aparelho que reunia as principais tendências da tecnologia de forma simples e eficaz, ao contrário de diversas outras tentativas anteriores por parte de outras marcas.
A convergência digital fez com que nossos dispositivos evoluíssem de forma a concentrar diversas funcionalidades e serviços, e estes podem ser utilizados em qualquer lugar a qualquer hora, tornando-se itens tão básicos como sua carteira ou as chaves de sua casa.
Aliás, em países como a Coréia do Sul e Japão, os aparelhos celulares já são utilizados para outras inúmeras atividades que ainda estão longe de se tornarem realidade no Brasil, tais como efetuar transações bancárias, ou até mesmo para abrir as portas de sua casa.
A título de curiosidade, a importância do aparelho se tornou tão grande que alguns especialistas já deram um nome específico para a sensação de angústia que surge quando alguém se sente impossibilitado de se comunicar estando em algum lugar sem seu aparelho de celular, que é a chamada nomofobia.

Agora, segue uma tabela com a evolução da banda larga móvel no Brasil, e no mundo:


Como podemos observar, esse tipo de serviço ainda engatinha no Brasil, ao tempo em que no mundo ele está prestes a superar a banda larga fixa. Um dos principais fatores que ainda restringem o seu uso é o seu preço, que é bastante elevado por aqui. A previsão é de que, apenas em 2011, a móvel possa ultrapassar a fixa no país, com um atraso de 2 anos em relação à média mundial.
Em nível de comparação, no Japão, o sistema 3G está presente em 85,7% dos aparelhos celulares, enquanto nos EUA a participação é de 30%, e no Brasil é de míseros 1,7%.
Assim como esses dispositivos mudaram a forma com que nós nos comunicamos entre si, agora ele começa a influenciar também a maneira como as empresas interagem com seus clientes, e isto é foi o tema principal da palestra a que assistimos em classe.

Mobile Marketing

Se você já teve contato com um iPhone, você deve ter percebido a infinidade de aplicativos existentes para ele, certo? Também percebeu que grande parte deles são inúteis, engraçadinhos, fofos, enfim, besteiras por assim dizer. Agora, tente se colocar como uma empresa e visualize então o enorme leque de possibilidades de comunicação que foi criado junto com este aparelho.
Não só o iPhone, mas o N95, o Blackberry, e muitos outros que estão por vir, despertaram uma nova era na comunicação, e uma das novas tendências é o chamado Mobile Marketing. Como o próprio nome sugere, é o marketing móvel, ou seja, a criação de laços entre o consumidor e a empresa através de aparelhos de telefonia móvel.
Talvez tudo o que venha à sua mente quando se fala em marketing + celulares sejam os típicos SMS’s enviados em horas inconvenientes informando sobre algo que você nem está muito interessado.Mas não. O Mobile Marketing pode ir muito, mas muito, além disso.
Atualmente, o cliente já está cansado de ser bombardeado por inúmeras mensagens e anúncios agressivas, portanto os publicitários tem como tarefa criar meios de não só “encher o saco” dos consumidores, mas sim, interagir com eles, oferecer um benefício não só no ato da compra, mas também durante a conversa, e os celulares se mostraram com uma ferramenta perfeita para isso. Vamos a alguns exemplos.
Acho que os aplicativos do Bradesco e da Heineken são ótimos exemplos de ferramentas de comunicação que são extremamente úteis aos clientes, e nem um pouco agressivas. Esses programas são baseados no sistema de GPS do aparelho, que faz com que o usuário seja localizado no mapa e então a partir de sua posição, recebe instruções de como chegar a um caixa eletrônico ou agência mais próxima, ou então a um bar que disponha de uma Heineken gelada por perto.
A palestrante Cristiane Higashi, funcionária do grupo Gemalto, também nos apresentou diversos outros cases do tipo, como o Nike – Shoot Your Colours (http://www.youtube.com/watch?v=Hf7Sy4kU3j0) no qual o usuário fotografava qualquer imagem com a câmera do seu celular, e então ao enviar para a Nike, ela detectava as duas cores predominantes na fotografia e então, o usuário recebia um par de tênis personalizados com as cores detectadas.
Desse modo, a marca não só fica fixada na cabeça do consumidor, mas também se faz presente na vida dele, facilitando sua vida, ou oferecendo novos meios de entretenimento, consequentemente ele não enxergará tudo isso como publicidade, mas como utilidade.

A Cobertura do Evento

A palestra ministrada pela Cristiane Higashi, do grupo Gemalto, foi coberta por diversas maneiras pelo grupo. A principal ferramenta utilizada foi o Twitter, em que os tweets foram feitos simultaneamente ao evento, fazendo com que nenhum destaque ou detalhe fosse perdido, além disso parte dos cases mostrados pela palestrante também foram postados lá.
Um outro blog paralelo a este também foi criado, com o objetivo de reunir outras opiniões e textos complementares.
Os vídeos da palestra estão disponíveis no YouTube, porém como diversos cases são mostrados no telão da sala, é mais fácil buscar os links diretos no nosso Twitter.
Vale ressaltar também que seria muito legal se conseguíssemos alguma forma de interagir com os alunos presentes via celular, porém isso foi inviável, não só pelos custos mas como por limitações técnicas. Sem contar a eliminação imediata da possibilidade de usar SMS, o que iria de encontro com a idéia de que móbile marketing não é só isso.


Vídeos: http://www.youtube.com/user/PalestraCH




CSOS6D 2009/2
Caroline P. Zanão
Glaucia Yumi
Renata Sayuri Akabane
Tatiana Simonaggio
Vinícius Noda Irie