terça-feira, 3 de novembro de 2009

Celulares: o Boom da Comunicação Móvel

Nos últimos anos, o aparelho celular deixou de ser apenas um equipamento capaz de fazer e receber ligações, e se tornou uma ferramenta praticamente obrigatória no cotidiano das pessoas, e não só dos brasileiros. Porém, especialmente no Brasil, vemos um enorme crescimento do setor de telefonia móvel ao longo da última década.
De acordo com um relatório oficial da Anatel, no ano de 1999, dez anos atrás, havia cerca de 15 milhões de aparelhos celulares registrados, número que saltou para 23,2 milhões em 2000, e posteriormente para 61,5 milhões em 2001. Atualmente já são mais de 170 milhões, o que significa que há aproximadamente 87,3 aparelhos para cada cem habitantes.
Com tais números deveras impressionantes, podemos notar que hoje o celular já faz parte do cotidiano da maioria dos brasileiros.
Por outro lado, também podemos observar a evolução dos aparelhos:



Nokia 7110 (modelo do ano de 1999): Tela em preto e branco, recebe/faz chamadas, recebe/envia SMS, função Vibracall, e só.




iPhone (modelo lançado em 2007): Tela touchscreen, MP3, Wi-Fi, câmera, dentre várias outras funções


Dentre as diversas adições aos mais recentes modelos, podemos citar o Bluetooth como uma das principais inovações. Ele é usado principalmente para interligar diversos aparelhos eletrônicos, tais como celulares, impressoras, videogames, fones de ouvido, câmeras digitais e modems, através de uma freqüência de rádio de curto alcance, o que compõe uma grande vantagem em relação ao infravermelho, uma vez que não é necessário que os aparelhos fiquem “cara-a-cara” para se conectarem.
Além do Bluetooth, uma grande inovação foi a implementação de sistemas GPS nos aparelhos de telefonia móvel, o que quer dizer que é possível localizar o usuário através do sistema global de posicionamento com uma enorme precisão, tendo uma margem de erro de aproximadamente 3 metros. Outros métodos também podem ser utilizados para o rastreamento do usuário, como por exemplo, através das ondas emitidas pelo celular e pelas torres de comunicação, porém este método apresenta uma grande desvantagem que é ser um serviço cobrado pela operadora, o que acaba saindo um pouco caro.
Em 2007, vimos o lançamento do iPhone, da Apple, que definitivamente mudou a mercado de celulares no mundo inteiro. Isso ocorreu, pois foi o primeiro aparelho que reunia as principais tendências da tecnologia de forma simples e eficaz, ao contrário de diversas outras tentativas anteriores por parte de outras marcas.
A convergência digital fez com que nossos dispositivos evoluíssem de forma a concentrar diversas funcionalidades e serviços, e estes podem ser utilizados em qualquer lugar a qualquer hora, tornando-se itens tão básicos como sua carteira ou as chaves de sua casa.
Aliás, em países como a Coréia do Sul e Japão, os aparelhos celulares já são utilizados para outras inúmeras atividades que ainda estão longe de se tornarem realidade no Brasil, tais como efetuar transações bancárias, ou até mesmo para abrir as portas de sua casa.
A título de curiosidade, a importância do aparelho se tornou tão grande que alguns especialistas já deram um nome específico para a sensação de angústia que surge quando alguém se sente impossibilitado de se comunicar estando em algum lugar sem seu aparelho de celular, que é a chamada nomofobia.

Agora, segue uma tabela com a evolução da banda larga móvel no Brasil, e no mundo:


Como podemos observar, esse tipo de serviço ainda engatinha no Brasil, ao tempo em que no mundo ele está prestes a superar a banda larga fixa. Um dos principais fatores que ainda restringem o seu uso é o seu preço, que é bastante elevado por aqui. A previsão é de que, apenas em 2011, a móvel possa ultrapassar a fixa no país, com um atraso de 2 anos em relação à média mundial.
Em nível de comparação, no Japão, o sistema 3G está presente em 85,7% dos aparelhos celulares, enquanto nos EUA a participação é de 30%, e no Brasil é de míseros 1,7%.
Assim como esses dispositivos mudaram a forma com que nós nos comunicamos entre si, agora ele começa a influenciar também a maneira como as empresas interagem com seus clientes, e isto é foi o tema principal da palestra a que assistimos em classe.

Mobile Marketing

Se você já teve contato com um iPhone, você deve ter percebido a infinidade de aplicativos existentes para ele, certo? Também percebeu que grande parte deles são inúteis, engraçadinhos, fofos, enfim, besteiras por assim dizer. Agora, tente se colocar como uma empresa e visualize então o enorme leque de possibilidades de comunicação que foi criado junto com este aparelho.
Não só o iPhone, mas o N95, o Blackberry, e muitos outros que estão por vir, despertaram uma nova era na comunicação, e uma das novas tendências é o chamado Mobile Marketing. Como o próprio nome sugere, é o marketing móvel, ou seja, a criação de laços entre o consumidor e a empresa através de aparelhos de telefonia móvel.
Talvez tudo o que venha à sua mente quando se fala em marketing + celulares sejam os típicos SMS’s enviados em horas inconvenientes informando sobre algo que você nem está muito interessado.Mas não. O Mobile Marketing pode ir muito, mas muito, além disso.
Atualmente, o cliente já está cansado de ser bombardeado por inúmeras mensagens e anúncios agressivas, portanto os publicitários tem como tarefa criar meios de não só “encher o saco” dos consumidores, mas sim, interagir com eles, oferecer um benefício não só no ato da compra, mas também durante a conversa, e os celulares se mostraram com uma ferramenta perfeita para isso. Vamos a alguns exemplos.
Acho que os aplicativos do Bradesco e da Heineken são ótimos exemplos de ferramentas de comunicação que são extremamente úteis aos clientes, e nem um pouco agressivas. Esses programas são baseados no sistema de GPS do aparelho, que faz com que o usuário seja localizado no mapa e então a partir de sua posição, recebe instruções de como chegar a um caixa eletrônico ou agência mais próxima, ou então a um bar que disponha de uma Heineken gelada por perto.
A palestrante Cristiane Higashi, funcionária do grupo Gemalto, também nos apresentou diversos outros cases do tipo, como o Nike – Shoot Your Colours (http://www.youtube.com/watch?v=Hf7Sy4kU3j0) no qual o usuário fotografava qualquer imagem com a câmera do seu celular, e então ao enviar para a Nike, ela detectava as duas cores predominantes na fotografia e então, o usuário recebia um par de tênis personalizados com as cores detectadas.
Desse modo, a marca não só fica fixada na cabeça do consumidor, mas também se faz presente na vida dele, facilitando sua vida, ou oferecendo novos meios de entretenimento, consequentemente ele não enxergará tudo isso como publicidade, mas como utilidade.

A Cobertura do Evento

A palestra ministrada pela Cristiane Higashi, do grupo Gemalto, foi coberta por diversas maneiras pelo grupo. A principal ferramenta utilizada foi o Twitter, em que os tweets foram feitos simultaneamente ao evento, fazendo com que nenhum destaque ou detalhe fosse perdido, além disso parte dos cases mostrados pela palestrante também foram postados lá.
Um outro blog paralelo a este também foi criado, com o objetivo de reunir outras opiniões e textos complementares.
Os vídeos da palestra estão disponíveis no YouTube, porém como diversos cases são mostrados no telão da sala, é mais fácil buscar os links diretos no nosso Twitter.
Vale ressaltar também que seria muito legal se conseguíssemos alguma forma de interagir com os alunos presentes via celular, porém isso foi inviável, não só pelos custos mas como por limitações técnicas. Sem contar a eliminação imediata da possibilidade de usar SMS, o que iria de encontro com a idéia de que móbile marketing não é só isso.


Vídeos: http://www.youtube.com/user/PalestraCH




CSOS6D 2009/2
Caroline P. Zanão
Glaucia Yumi
Renata Sayuri Akabane
Tatiana Simonaggio
Vinícius Noda Irie







Nenhum comentário:

Postar um comentário